A
cédula de identidade, também conhecida popularmente por carteira de identidade
ou RG (Registro Geral), é o documento nacional de identificação civil no
Brasil. Ela contém o nome, data de nascimento, data da emissão, filiação, foto,
assinatura e impressão digital do polegar direito do titular. Sua emissão é de
responsabilidade dos governos estaduais, entretanto a cédula de identidade tem
validade em todo território nacional.
É
interessante notar que não existe restrição legal à solicitação de outra cédula
num outro estado da Federação, bastando ir à repartição expedidora, levando a
documentação necessária, e solicitá-lo. Assim é possível que o cidadão tenha
mais de um documento de identidade de estados e numeração diferentes, todos
totalmente válidos em todo o país
Mas
de quem foi o Primeiro RG? Foi o documento de identidade de Edgard Costa,
emitido em 1907. Na época, Costa era o presidente do gabinete de identificação e
de estatística da polícia do Distrito Federal, dos tempos em que o Rio de
Janeiro era a capital do país. Edgard Costa era advogado e começou no gabinete
como auxiliar, em 1905.
O
RG (sigla para Registro Geral) nem tinha esse nome, e sim registro civil. Antes
disso, no século 19, documento era coisa rara no Brasil. Em muitos eventos, como
casamentos e óbitos, quem fazia os registros era a Igreja Católica.
Em
1875, foram criados os primeiros cartórios, e em 1888 o registro de nascimentos,
casamentos e mortes passou a ser feito obrigatoriamente por órgãos do Estado.
Daí vieram os primeiros esboços de um registro geral da população.
Os
primeiros a serem fichados foram os criminosos, “benefício” que depois passou
aos brasileiros que viajavam ao exterior, e, por fim, a todos.Sem foto, primeiro
registro tinha descrição física detalhada do sujeito
1-
Em 1907, surge o primeiro registro civil no Rio de Janeiro, à época capital do
Distrito Federal do Brasil. O documento pertencia a Edgard Costa.
2-
Além de nome e filiação, descrição minuciosa e impressões digitais. Eram
relatadas informações como “marcas particulares, cicatrizes e tatuagens”.
3-
As sobrancelhas do sujeito eram “arqueadas e separadas.
4-
Na mão esquerda, havia uma cicatriz na primeira falange do polegar.
5-
Nem o nariz escapava da descrição: este tinha “projeção média” e “largura
mediana”.
6-
Ao contrário do RG atual, o documento do início do século 20 descrevia profissão
e endereço da pessoa.
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