domingo, 26 de junho de 2022

Silêncio


Quando o silêncio cerca-nos, como grades,  transformando-nos em solitárias sombras na penumbra de nós mesmos, nossos corações sentem-se oprimidos, pesados e tristes em um pulsar sem compasso.

Tornamo-nos párias em nossa existência e choramos solitários entre multidões. 

É triste olhar as paredes sem janelas, a prisão sem grades sufocando nossas almas em prantos sem fim. 

As asas que batiam antes libertas, atrofiam-se sobre si despedaçando-se como flores que morrem num jardim abandonado pela primavera. 

Tivéssemos a chance de manipular o tempo,  trocar as vírgulas por pontos finais, a interrogação por exclamações certeiras.

As vozes ecoam entre as lápides de meus pensamentos....

Adeus. Adeus para nunca mais. 

22/11/2012
10:01h

Nenhum comentário:

Postar um comentário